Olá,
Tudo bem? Você provavelmente tem um amigo ou amiga que detesta peixe cru, acha meio nojento e não come sashimi de jeito nenhum, certo? Nesta quarta parte da entrevista com Aldo Paladino, o professor de culinária japonesa dá opções de pratos para quem quer apreciar a culinária japonesa, mas não gosta de peixe cru.
Aldo Paladino Onida é professor de culinária japonesa, especializado em ensinar a fazer sushi como entretenimento, diversão e arte, mas de maneira profissional com as técnicas tradicionais japonesas fundamentais para o aprendizado correto.
Vamos lá? Clique na imagem abaixo para assistir.
Paladino Chef ministra cursos de sushi e sashimi em Florianópolis, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo.
Transcrição da entrevista com Aldo Paladino – Parte 4
Quais são as opções da cozinha japonesa para quem quer fugir do sushi e sashimi?
Fabrício: Aldo, para quem gosta de comida japonesa e quer experimentar algo diferente da linha tradicional do sushi, sashimi, do próprio yakisoba, você tem alguma dica ou recomendação para essas pessoas?
Aldo Paladino: A chamada cozinha quente japonesa tem uma infinitude… por exemplo, o kaiseki, que era um banquete que o Imperador oferecia aos seus convidados, ele tem várias técnicas de preparação. Por exemplo, os fritos (os agemonos), os nabemonos (os cozidos), e por aí vai.
A: Naquela região do norte do Japão você tem o ramen e o lamen, que a gente conhece aqui como miojo, aquele macarrão frito instantâneo.
A: Você coloca dentro de um domburi, você toma num caldo quente e aquele sachê é exatamente para ter sabor.
A: É uma preparação do norte do Japão, onde você tem os ramen-ya e os lamen-ya.
A: Soba é um tipo de macarrão que o Japão trouxe da China, que é a base de trigo sarraceno, que é um trigo escuro.
A: Eu tenho feito uma preparação que são almôndegas japonesas, também uma multiculturalidade vinda da China, que se chamam “niku dango no amakara ni”, que tem um molho e a preparação é feita com gohan (arroz) e diversas hortaliças.
A: Tem muita coisa. O sushi é o embaixador.
A: A França, a grande revolução culinária francesa, a nouvelle cuisine, foi uma inspiração dos cozinheiros franceses no kaiseki japonês.
A: Então você tem uma infinidade de coisas que podem ser atribuídas à cozinha japonesa, sem ser sushi e sashimi. Tempura é uma delas.
A: Nas minhas aulas eu ofereço almoço e faço essas preparações.
A: Uma salada… o sunomono, que não é, necessariamente, aquele pepininho cortado com kani… o sunomono é uma técnica.
A: Namasu, que é uma cenoura cortada com nabo, uma preparação a base de caldo dashi… é uma entrada, um zenzai… é espetacular para sair um pouco do tomatezinho e alface. Você faz uma saladinha com caldo, que fica curtindo dentro da geladeira.
A: É uma delícia você fazer um peixe cozido com as técnicas japonesas ou mesmo ele frito.
A: Tem muita coisa, muita coisa! Se as pessoas tivessem ideia do que é a cozinha japonesa, certamente não achariam que japonês só come sushi, que é o que ele menos come, por sinal.
F: Inclusive, Aldo, muitos desses pratos que você mencionou são ótimos para esse clima de inverno. São pratos quentes, que caem superbem no friozinho.
Espero que você tenha gostado! Quer ver algum convidado numa próxima entrevista? Sugira nos comentários. 🙂
Abraços,
Fabrício Fujikawa
PS: veja também esta resenha do livro “Você gosta de sushi? Pois vai gostar muito mais…“.
Luciana diz
Fabricio, sou do interior do Espirito Santo. Mas eu gostaria de fazer algum curso com o Aldo Paladino.
Fabrício diz
Oi Luciana,
Acho que ele ainda não ministra cursos no Espírito Santo, mas vale entrar em contato com ele para perguntar. Seguem duas opções de contato: http://www.paladinochef.com/contatorio.htm (site) e https://www.facebook.com/pages/ESPA%C3%87O-CULIN%C3%81RIO-PALADINO-CHEF/112637318846354?fref=ts (Facebook).
Abraços!
Fabrício